quinta-feira, 19 de março de 2009

A sociedade em rede e a educação

Hoje participei (virtualmente) do seminário de mesmo nome do título deste post, o qual ocorreu em São Paulo e foi patrocinado pela Vivo. A mesma criou uma rede de pessoas que estudam, atuam, possuem interesse em discutir tecnologia, educação. O projeto chama-se Rede Vivo Educação e tem como objetivo formar uma rede de discussão através da conexão de pessoas. A programação continhas as seguintes palestras:

18 de março de 2009

14h00 às 18h00 - O uso de tecnologias móveis na educação
World Café (Desconferência)
Encontro com pais e alunos das redes pública e privada de educação e ONGs para uma roda de conversa sobre as suas visões sobre o uso de tecnologias móveis na educação.

19 de março de 2009

09h15-11h15 – A Sociedade em Rede e a Educação
Problematização do tema
As teorias da aprendizagem e os processos educativos atuais estão adequados à estrutura e a dinâmica da sociedade em rede? Por que?
Talk Show com perguntas e respostas por meio de Twitter e SMS.
Mediador: Marcelo Tas
Participantes da mesa: George Siemens (via videoconferência), Augusto de Franco, Luli Radfahrer e José Pacheco
11h15 - 11h30 - Intervalo para Café
11h30 - 13h – Apresentação de Experiências
Como algumas experiências concretas de novos processos educativos estão tentando responder na prática ao desafio colocado pela pergunta acima.
Talk Show com perguntas e respostas por meio de Twitter e SMS
Mediador: Marcelo Alonso
Participantes: Leila Pais de Miranda (Moleque de Idéias), Eugenio Scannavino Netto (Saúde e Alegria), Lucas Longo.
13h00 - 14h00 – Intervalo para Almoço
14h00 - 16h00 – Apresentação comentada de experiências
Serão apresentadas experiências que tentem responder na prática, pelo menos em parte, à seguinte questão-focal:
Como as tecnologias móveis de interação podem ser empregadas em novas formas de educação na sociedade-rede?
Talk Show com perguntas e respostas por meio de Twitter e SMS.
Comentador: Reinaldo Pamponet
Participantes: Wagner Merige (Minha Vida Mobile), Eduardo Melo (Editora Plus), Carlos Alberto Mendes de Lima (Nas Ondas do Rádio), Hely Costa (Arte-Favela)
14h00-18h00 – Trabalho de Grupos

As discussões foram interessantes, mas a transmissão deixou a desejar. Coisas da tecnologia! (Só para provocar: será ela a culpada?)

Bom, deixo aqui algumas provocações a partir das discussões realizadas no seminário:

O conceito sociedade em rede é uma novidade? Pode ser considerado um conceito novo? A sociedade sempre foi uma rede, porque é formada por pessoas que se conectam com pessoas, mas o que mudou? Por que essas redes socais são difíceis de se estabelecerem e manterem?

A forma como as pessoas se conectam influencia na forma como as pessoas agem/interagem na vida social?

A quantidade de informação compromete a qualidade da educação que desejamos?

As escolas também podem ser consideradas centros de "adestramento digital"?

A internet também pode ser um excludente?

Agora, algumas frases que chamaram minha atenção e deixaram algumas interrogações:

Todos somos aprendizes.
Relação entre fragmentada entre trabalho, vida e aprendizado - relações estanques (tempos diferenciados)
Relação entre criação, imaginação e o uso das tecnologias no processo de aprendizagem
O nosso grande desafio é viver em rede.

Então, após algumas questões e outras reflexões, deixo a seguinte pergunta:
Como nós (escola, professores, profissionais da educação) podemos despertar o desejo do aprendizado (nos alunos)???

Um comentário:

  1. Achei muito interessantes as provocações. Me ponho a pensar em algumas questões como, por exemplo, o extremo individualismo que nossos alunos podem estar passando.

    Vamos analisar bem: quando se vive em uma sociedade em rede, as relações pessoais se tornam desapegadas do convívio material. A imaterialidade é a constante. Sinto que os alunos cada vez mais perdem um pouco sua própria identidade como seres sociais e esquecem como inteagir fisicamente com outras pessoas.

    Outra questão responde à sua pergunta: o volume de informações que eles têm acesso são gigantescas. O professor não deve ser só a pessoa detentora do conhecimento: ele deve saber ser dinâmico, sociável e provocativo. Essa é a única forma em que eu vejo um professor provocando seus alunos a pesquisar. Além disso, o professor precisa dar condições para que os alunos possam filtrar aquilo que eles vêem na internet e ter uma mentalidade crítica.

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